“Mas o homem (mulher) que comete
adultério não tem juízo (louco(a); qualquer pessoa (homem ou mulher) que assim procede a si mesmo se
destrói” (Pv 6.32 BKJ).
(Em outras palavras DEUS chama quem assim procede de suicida, essa pessoa está chamando a morte para si. Provérbios 7.27 )
A infidelidade conjugal traz sérias consequências a toda a família.
Por isso, Deus detesta tal prática.
Provérbios 5.1-5;
Mateus 5.27-28
OBJETIVOS DESSE ESTUDO
· Reconhecer que
o adultério é um pecado grave;
· Elencar as
consequências da infidelidade conjugal, e
· Pontuar alguns
conselhos preventivos contra a infidelidade.
Qual a
dor emocional mais forte? Pessoas que passaram pela experiência de ser traído
descrevem que foi como se uma faca tivesse atingido seu coração, dilacerando-o.
A infidelidade conjugal (adultério), do hebraico na’aph é uma das práticas
condenadas nos Dez Mandamentos: “Não adulterarás” (Êx 20.14).
A
infidelidade conjugal é um dos fatores mais desastrosos, danosos de uma
relação. Ela desequilibra as esferas emocional, familiar, espiritual, social,
profissional e sexual do indivíduo. Provoca danos, muitas vezes, irreversíveis.
Se as pessoas previssem ou antecipassem as consequências da traição,
provavelmente pensariam melhor antes de, irracionalmente, darem vazão aos
sentimentos e desejos impulsivos que o levaram a tal.
A
impulsividade impede de o infiel medir a consequência entre seu ato impensado e
a culpa e o prognóstico diante disso. Até mesmo para uma sociedade corrompida e
à parte da ética cristã, a infidelidade conjugal é inaceitável, mesmo que a
mídia tente impor esse estilo de vida como prática socialmente aceitável.
Porém, para nós, o adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus.
Nesta lição, refletiremos a respeito desse terrível mal que vem infelicitando
as famílias. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
ADULTÉRIO, UM
GRAVE PECADO
Conceito
e origem da palavra. Adultério é uma palavra que derivou da expressão em
latina ad alterum torum que significa literalmente na cama de
outro(a)que designava a prática da infidelidade conjugal e com o tempo se
estendeu ao sentido de fraudar ou falsificar adjeta ao verbo
"adulterar". "ato de se relacionar com terceiro na constância do
casamento", é considerado uma grave violação dos deveres conjugais por
quase todas as civilizações de quase toda a história, sendo que algumas
sociedades puniam gravemente o cônjuge adúltero e/ou a pessoa com quem
praticava o ato, sendo ambos passíveis de morte.
A
palavra hebraica usada para adultério no Antigo Testamento é na’aph, que é
derivada das palavras aramaicas na’ªpûp e ni’ûp, e aparece
somente na Tanakh. Na’aph significa exclusivamente relações sexuais
ilícitas entre pessoas casadas ou comprometidas. A palavra adultério e
derivadas ocorre 34 vezes no AT. Além da conotação sexual, o adultério também é
definido no Antigo Testamento como uma ofensa às leis acerca do matrimônio.
Além de
quebrar a união matrimonial, ele é encarado, quando o adúltero é casado, como
uma ofensa ao marido da amante, e quando a adúltera é casada, como uma ofensa
ao seu próprio marido. Também ele é definido como uma atitude contra Deus (Jo
31.11), contra a sociedade, como uma desonra a Deus ao colocar a vontade humana
sobre a vontade divina (Gn 2.24), um ato de rebeldia, um meio de destruir a
própria reputação (Pv 6.32,33) e um jeito de prejudicar a própria mente (Os
4.11-14).
No Novo
Testamento, a primeira adição ao assunto está em Mt 5.27,28. O texto traduzido
literalmente diz: “Mas eu digo a vós que, qualquer um que olhar para uma mulher
para cobiçar após ela, já tem cometido adultério com ela em seu coração”. Na
ocasião Jesus discursa sobre a fidelidade própria do reino. Em seu discurso faz
a diferença entre moralismo externo e os desejos do coração. O termo grego para
"adultério" é moicheúseis, e para "cobiçar" epithumesai,
que no contexto implica em ansiar, desejar possuir. Jesus foi para além da
letra da Lei e dos comportamentos aparentes, enfatizando o “espírito” da Lei e
as intenções do coração (homem interior).
É
preciso vigiar.
No Novo Testamento, a primeira adição ao assunto está em
Mt 5.27,28. O texto traduzido literalmente diz: “Mas eu digo a vós que,
qualquer um que olhar para uma mulher para cobiçar após ela, já tem cometido
adultério com ela em seu coração”. Na ocasião Jesus discursa sobre a fidelidade
própria do reino. Em seu discurso faz a diferença entre moralismo externo e os
desejos do coração.
O caso
de infidelidade conjugal no Antigo Testamento bastante conhecido é o de Davi:
“E enviou Davi e perguntou por aquela mulher; e disseram: Porventura, não é
esta Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu? Então, enviou Davi
mensageiros e a mandou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou com ela (e já
ela se tinha purificado da sua imundície); então, voltou ela para sua casa” (2
Sm 11.3-4).
Buscar a
presença de Deus e não desprezar o cônjuge.
O ensino de Cristo em Mateus
6.22-23 é que "O olho é a lâmpada do corpo. Se seus olhos forem bons, todo
o teu corpo será cheio de luz. Mas se teus olhos forem maus, todo o teu corpo
será tenebroso”. Diz ainda: “Não cometerás adultério. Mas eu vos digo que todo
aquele que olhar para uma mulher com intenção impura, já adulterou com ela em
seu coração" (Mt 5.27,28).
O início
da derrocada é com um olhar, com um ouvir, com um cobiçar. Não são poucos os
crentes que estão sucumbindo em adultério por não controlar seus instintos, por
não possuir domínio próprio. A culpa que a infidelidade traz é contínua e
infinitamente maior do que o prazer que possa proporcionar. O infiel não
consegue mensurar as consequências danosas na vida de seu cônjuge. Na vida
cristã, a infidelidade conjugal geralmente é resultado de um mix de fatores:
negligência na vida de oração e falta de vigilância, vida carnal, conflitos no
casamento, etc.
O adultério é
um grave pecado. Por isso, o cônjuge deve vigiar, buscar a presença de Deus e
jamais desprezar o outro.
AS CONSEQUÊNCIAS DA
INFIDELIDADE
Afastamento de Deus.
A infidelidade conjugal é, sem
dúvida, o fator mais destrutivo da união familiar. É tão séria que foi a única
opção descrita por Jesus como tolerável, em um caso de divórcio, para que um
homem se afastasse de sua mulher para se casar com outra (a esposa infiel era
repudiada pelo esposo e vinha então o divórcio).
A infidelidade conjugal é prejudicial à família e à relação
com Deus.
O Antigo Testamento mostra
que a idolatria é comparada a uma infidelidade conjugal. Oséias, profeta de
Deus, demonstrou em sua profecia a similaridade da traição de sua mulher,
Gomer, com as traições de Israel para com Deus, motivo que fez com que Deus se
irritasse muito com Seu próprio povo. As mais funestas consequências da
infidelidade conjugal são: a destruição do lar e o afastamento de Deus.
É evidente que o preço a se pagar por tal
pecado é alto demais para aqueles que prezam por sua família e pela comunhão
com Deus. Uma família bem estruturada tem seu preço, e da mesma forma uma
família desestruturada. Que isso nos sirva de lição para que nos guardemos dos
pecados sexuais e de suas consequências.
Morte espiritual.
A pessoa infiel não
consegue mensurar as consequências danosas na vida de seu companheiro. Cônjuges
sentindo-se traídos em todos os aspectos, principalmente, na invasão de sua
intimidade e de seu lar, de seu trabalho, dá vazão as suas piores reações.
É onde, muitas vezes, ocorrem os chamados
crimes passionais. No conhecido caso de adultério cometido por Davi, as
consequências foram trágicas, pois culminou na trama da morte do marido de
Bate-Seba, Urias (2 Sm 11.14-17).
Davi foi
cobrado pelo SENHOR por isso (2 Sm 12.14-19). Apesar do grande erro cometido,
ao assumir seu pecado e demonstrar sincero arrependimento, a graça e a
misericórdia de Deus se manifestaram em forma de perdão absoluto (2 Sm 12.13),
isentando Davi das consequências legais de sua inflação: “Também o homem que
adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu
próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera” (Lv 20.10).
Um lar despedaçado.
A traição mata os relacionamentos
mais lindos dessa vida; destrói a confiança. A traição dói, fere, machuca, é
como uma faca afiada que despedaça de uma vez um relacionamento que foi
construído aos poucos, muitas vezes, que levou anos. em sido o principal motivo
de casamentos desfeitos, lares desestruturados, famílias destruídas. É por
conta dessa triste realidade que as pessoas estão tão inseguras e desconfiadas
hoje em dia. O amor tem se esfriado, as pessoas tem se tornado inseguras,
instáveis, ressabiadas, desconfiadas.
A realidade é que com toda podridão,
vulgaridade e banalização do amor que temos visto, o medo da traição tem
atacado igualmente homens e mulheres. Vivemos a era do descartável, a nossa
mentalidade é “se não der certo, termina”, são os namoros just for fun, e
isso é uma defraudação emocional conosco e com o próximo, pois, ao nos
relacionarmos com alguém deixamos ‘marcas’ de nós naquela pessoa.
A traição está
diretamente ligada à falta de caráter de uma pessoa.
Razão pela qual, ela tem perdão
(é o que a Bíblia ensina), mas a possibilidade de reconciliação é opcional. A
única carta magma de Deus para o divórcio é o adultério.
A
infidelidade conjugal afasta a pessoa de Deus, mata a espiritualidade e
dilacera o lar.
Alguns conselhos contra a infidelidade no matrimônio: fuja das tentações; honre o seu cônjuge e o aprecie.
Fuja das tentações.
Para não sermos alvos dessa
situação, como diz o ditado da vovó: “ melhor PREVENIR que REMEDIAR”. Como
prevenir? Sendo submissos ao Senhor pedindo-lhe orientação e discernimento
diante das pessoas que surgirem em nosso caminho. Lembre-se: Jesus foi traído
com um BEIJO.
Nunca
deixe alguém roubar de você aquilo que JESUS morreu para lhe dar: Alegria, Paz,
esperança, vitória, estabilidade, liberdade, segurança e constância. É
preciso ser prudente e evitar o mal. José, homem integro, foi traído friamente
por seus irmãos, posto no poço e vendido como escravo, para depois ser
concedido a Potifar, e, outra vez, ser maliciosamente traído por sua esposa.
Foi posto na prisão, fez amizade com o copeiro
do rei e mais uma vez conheceu o beijo da traição pois aquele homem quebrou a
promessa feita na prisão e se esqueceu de José. Imagina a agonia, a dor, a
aflição de José. Os anos passaram e José foi lembrado pelo Senhor e exaltado ao
trono do Egito.
Honre o seu cônjuge.
É necessário que cada cônjuge
compreenda a importância de seu espaço e o do outro dentro do casamento, a
responsabilidade de cada um. Em que pese à redundância, o casamento deve ser
solidificado num relacionamento de amor, amizade, intimidade, companheirismo,
confiança e cumplicidade.
A saída para evitar a infidelidade conjugal
passa por diálogo sincero, humildade de ambos, marido e mulher, para aceitar
dificuldades pessoais e procurar ajuda para resolvê-las, aceitar a limitação de
todos os seres humanos para nos amar como sonhamos ser amados e aceitar o amor
possível, parar de ter obsessão pelo outro, e aprender que homem e mulher são
diferentes do ponto de vista comportamental o que produz a necessidade de
aceitar as limitações pessoais e a compreensão de que o outro nunca poderá
preencher todas as necessidades de cada um.
A fidelidade conjugal traz honra a
cada cônjuge.
A mentira do mundo é que o estilo de vida, que consiste em se
viver desregradamente como solteiro, é liberdade. Mas como é que isto é
liberdade para a mulher cujo homem espera que ela compartilhe a sua intimidade
e o apoie em sua vida, todavia ele pode ir em frente se ele encontrar uma
pessoa mais bonita, mais amigável, mais agradável?
É isso liberdade para o homem cuja mulher
compartilha de seu coração, dá ânimo a seus dias, dá alegria à sua alma,
todavia ela pode ir em frente se algum outro homem mais excitante, mais bonitão
ou mais rico aparecer? Não! O casamento oferece fidelidade e permanência em
troca de companheirismo, amor, intimidade, apoio e amizade. O casamento é a
maneira venerável de tratar um ao outro. O casamento livra da tirania da
incerteza. Por ventura é alguma maravilha que tantos homens e mulheres estejam
ansiosos ou sofrendo, considerando que eles estão aprisionados na
"liberdade" do não compromisso?
Aprecie seu cônjuge.
Não são poucos os crentes que
utilizam a desculpa da “espiritualidade” para se desvencilharem de suas
obrigações conjugais. Paulo deixa claro que essa atitude tem uma implicação
séria: a tentação de satanás.
“Não vos
negueis um ao outro, a não ser de comum acordo por algum tempo, a fim de vos
consagrardes à oração. Depois, uni-vos de novo, para que Satanás não vos tente
por causa da vossa falta de controle” (1Co 7.5). Paulo deixa claro que a
abstinência sexual das pessoas casadas devem seguir estes princípios: Deve ser
de comum acordo, ou seja, o casal deve concordar com essa abstinência, ou ela
não poderá acontecer; deve ser temporário, ou seja, não pode ser por toda a vida;
deve ser para que a pessoa se dedique à oração, ou seja, um propósito
específico e elevado.
A
consequência de não se respeitar esses princípios é ser alvo da tentação de
Satanás.
Imagine a situação: se andamos com Deus e ainda assim somos tentados,
quem dirá se abrirmos a guarda e dermos motivos para que o tentador nos ataque.
Portanto, que isso fique claro: atender ao nosso cônjuge em suas necessidades
sexuais faz parte de nossa obrigação também diante de Deus, e nos resguarda de
tentações satânicas na esfera sexual. Portanto, fuja desse tipo de tentação,
compreendendo seu cônjuge e honrando-o em suas necessidades afetivas.
NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8).
Fonte de pesquisa: Lições
Bíblicas do 2º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: A Família Cristã no século
XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo; Comentarista: Elinaldo
Renovato de Lima; CPAD; -. LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã
nos dias atuais. 7 ed. 2004, RJ: CPAD