A admiração é uma virtude que deve ser cultivada,
porque significa respeito, simpatia e encantamento com pessoas que sempre
servem de espelho e exemplo para nós.
Admirar significa entrelaçar a nossa existência com
a irradiação positiva de outras pessoas. Nascemos admirando nossos pais, ainda
que inconscientemente. Ou seja, a admiração é um sentimento inato.
O sorriso espontâneo dos bebês revela encantamento
não só com o mundo, mas com as pessoas próximas. Essa é a forma mais pura de
admiração, que infelizmente pode se reduzir à medida que crescemos.
Quem admira, ama, cuida, procura seguir o mesmo
caminho da pessoa que é admirada. Quantos de nós tivemos, ainda na infância,
admiração por um professor, que muitas vezes mudou para melhor a nossa vida.
A admiração faz brotar o sorriso, acelera o coração,
dá prazer, estimula o ato de imitar e amar. Toda vez que imitamos alguém que
tem bons propósitos contribuímos para a obra do criador e tornamos essa terra
melhor e mais agradável.
A admiração era algo ensinado em épocas passadas. As
pessoas mais velhas, parentes ou não, estimulavam os mais novos a seguir os
passos da virtude, que significa o respeito pelas conquistas próprias e dos
outros.
Quem obtinha sucesso, encontrava seguidores que não
queriam destruir ou menosprezar a conquista, mas desejavam aprender com
admiração os passos trilhados pela pessoa bem sucedida. Assim eram os
ensinamentos dos mais velhos.
Cada um tem aquilo que merece segundo os próprios
méritos. Não faz mal, portanto, se a pessoa ao lado consegue mais do que nós.
Se assim aconteceu foi porque essa pessoa geralmente se esforçou mais, pois a
sorte nem sempre favorece.
Devemos admirar o esforço das conquistas alheias.
Assim, admiramos as qualidades e as usamos como molas para também crescer.
De algum tempo para cá, a impressão que se tem é que
com as tecnologias de informação disseminadas e a profusão de vídeos, o ato
natural da admiração foi transmutado para a inveja.
A inveja é um os piores sentimentos que o ser humano
pode ter, porque é destrutivo e ligado à incompetência e à preguiça.
À incompetência, porque em vez de admirar e seguir
os exemplos de outras pessoas, o invejoso fica inativo e só faz destilar
energias ruins para os outros. À preguiça, porque o invejoso não tem disposição
de lutar pelas próprias conquistas; e também fica incomodado com o sucesso
alheio.
O raciocínio do invejoso é perverso: “não tenho para
mim, nem sempre quero o que é dos outros; mas fico triste e incomodado quando
vejo alguém realizar algo. Por isso, vou destruir todas as conquistas de quem
me incomoda”.
A inveja é defeito grave, quase psicótico e causa
nos invejosos a produção excessiva de hormônios, que acabam sendo nocivos à
saúde deles, como o cortisol e a adrenalina.
Inveja e ódio são sentimentos gêmeos, porque estão
associados à destruição própria e alheia. Se esse sentimento ronda a sua vida,
cuidado!
Hoje, é comum ver vizinhos com inveja doentia do
carro novo do morador ao lado. Pais têm inveja de filhos e vice-versa. Como
isso pôde chegar a tal ponto?
A inveja chegou a um grau inaceitável, talvez, pela
difusão das informações e pelos péssimos exemplos ensinados em vídeos.
Assim como nossos antepassados nos educavam para a
virtude da admiração, os meios de comunicação atual, em boa parte, educam no
sentido oposto, sem perceber a nocividade dos vídeos, que muitas vezes são
reportagens.
O livre arbítrio, o direito de escolher, dá a cada
um de nós a possibilidade de decidir entre admirar e invejar. Faça a escolha
certa e saiba diferenciar os próprios sentimentos. Se ficar tentado a ter
inveja, faça um esforço e mude de rota: admire!
Viva de tal modo que os seus atos sirvam de exemplo.
Assim, as pessoas poderão admirar você.
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