Compartilhando Valores

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

PEDOFILIA É CRIME! QUEM AMA CUIDA, PROTEGE, DEFENDE, LUTA PELA SEGURANÇA DOS FILHOS IGUAL UMA LEOA!



  ATENÇÃO!  Atendendo aos pedidos de algumas leitoras.  Aqui está o resumo da apostila com os principais sintomas, comportamento e traumas do abuso sexual infantil.


Os assuntos abordados aqui não podem, nem devem, ser tomados como diretrizes absolutas, sobretudo o tema relacionado aos indicadores físicos, comportamentais e psicológicos apresentados pelas crianças abusadas. Tal como a palavra demonstra, estes indicadores são meros sinais de alerta para a possibilidade de abuso sexual infantil. Assim, utilizando-se inicialmente destes dados, a probabilidade de abuso sexual deve ser melhor avaliada através de uma série de técnicas que podem incluir entrevistas clínicas com a criança e membros da família, observações sobre a brincadeira da criança, o uso de desenhos e outras técnicas projetivas e observações das interações da família.
A suspeita de que uma criança possa estar sendo sexualmente abusada deve ser investigada cuidadosa e integralmente, posto que a avaliação realizada influenciará a tomada de uma série de decisões (jurídicas, sociais e clínicas) que afetarão a vida da criança e de sua família como um todo. Visto que o abuso sexual de crianças é um tema cercado pelo silêncio e muitas vezes pela negação, diversos autores têm concentrado seus esforços em apontar determinados indicadores físicos (Fahlberg, 1997;
Azevedo e Guerra, 1993), comportamentais (Fahlberg, 1997; Sgroi, 1982) e psicológicos (Fahlberg, 1997; Haugaard e Repucci, 1988) que auxiliariam profissionais e pais na identificação de casos de abuso. A seguir, faço uma descrição detalhada de cada um destes três tipos de indicadores.

Indicadores Físicos

1- Lesões diversas da genitália ou ânus
2- Anormalidades anais ou vaginais
3- Gravidez
4- Doenças sexualmente transmissíveis
5- Infecções urinárias
6- Secreções vaginais
7- Infecções de garganta, crônica e não ligada a resfriados.
8- Doenças somáticas, em especial dores de barriga, cabeça, pernas, braços e genitais quando não existe patologia médica específica.
9 - Enurese noturna (crianças que fazem xixi na cama acima de 5 anos de idade  frequentemente).
10 - Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente ou mesmo
chupar dedos.




INDICADORES COMPORTAMENTAIS

Em muitas ocasiões o comportamento da criança pode indicar ou sugerir fortemente que ela está sendo sujeita a abuso sexual. O reconhecimento destes indicadores comportamentais constitui uma parte importante do processo de confirmação e deverá começar na entrevista inicial. Por outro lado, qualquer profissional que trabalha com crianças e observa estes indícios tem a obrigação de indagar se está ocorrendo abuso sexual. Enfatizo a palavra indagar porque os indicadores comportamentais apresentados a seguir funcionam como um “sinal de alerta”, não devendo ser encarados como dados definitivos e inquestionáveis. Faz-se importante
ressaltar que estes comportamentos podem ser observados em crianças de todas as idades e que geralmente se apresentam combinados. Entre os indicadores comportamentais mais frequentes temos:

1. Comportamento demasiadamente submisso

Diferente da maioria das crianças, a vítima de abuso sexual, especialmente de incesto, pode demonstrar um comportamento demasiadamente submisso, geralmente acompanhado de uma alta dose de insegurança. Estas crianças têm cada aspecto de suas vidas frequentemente manipulado. Elas não têm controle sobre o que acontece com seus corpos e possivelmente pouca escolha nos acontecimentos diários, como por exemplo escolher seus amigos. O resultado desta situação é uma incapacidade crescente de tomar o controle de vários aspectos de suas vidas.

2. Comportamento “ativo” ou agressivo/antissocial

Inversamente ao comportamento submisso, algumas vítimas podem ser descritas como “ativas”. Crianças que demonstram este tipo de comportamento parecem ter uma força emocional distinta daquelas que são submissas. Em muitos casos elas fizeram esforços para conseguir ajuda e parar com o comportamento sexualmente abusivo.  Frequentemente apelaram para um adulto, mas não conseguiram ajuda. Conforme aumenta a sua frustração e raiva elas começam a mudar seus sentimentos para com os outros. Estas crianças geralmente adquirem a reputação de '“brigões”' na escola e de que falam palavrões, o que em alguns casos leva â expulsão da escola e a problemas adicionais. A raiva, frustração e o descrédito geram um comportamento cada vez mais negativo, resultado de emoções reprimidas. O comportamento de expressar emoções desta forma, sem saber precisar o que realmente está sendo expressado, pode também representar um grito de ajuda.

3. Comportamento pseudomaduro.

Tanto as crianças submissas quanto as ativas demonstram um comportamento pseudomaduro, sendo esta aparência madura na realidade  uma fachada. Este tipo de comportamento é mais freqüentemente observado em vítimas de incesto, fato que é explicado mais adiante por um forte desequilíbrio na relação familiar. Uma introdução prematura ao sexo cria uma aparência exterior sofisticada, que esconde uma criança amedrontada, cheia de culpa e solitária. Faz-se importante ressaltar que este fenômeno ocorre em todos os grupos etários e em uma variedade de graus.

4. Insinuação de atividade sexual

Algumas crianças insinuarão a atividade sexual sem oferecerem uma explicação direta do que aconteceu. Um exemplo desta situação seria o caso de uma menina que ao ver um programa de televisão que mostrava um homem bem mais velho se insinuando para uma menina pequena, faz a seguinte observação para sua mãe: “Ele é um velho sujo, igual ao vovô”.

5. Brincadeira sexual persistente, exagerada e inadequada com pares, consigo mesmo ou com brinquedos e comportamento sexualmente agressivo com outros.
Este tipo de comportamento é mais frequente em crianças pequenas que foram abusadas sexualmente, podendo até mesmo iniciar o sexo com seus pares ou com pessoas mais velhas. Crianças em idade pré-escolar tem capacidade orgástica e podem manter um nível elevado de excitação, fazendo com que passem a desenvolver um interesse inadequado por questões sexuais. Crianças vítimas de abuso sexual foram erotizadas prematuramente e habituaram-se a se concentrar em atividade sexual. Muitas se masturbam continua e abertamente, tanto em público como sozinhas.

Quando os adultos restringem a atividade masturbatória, essas crianças às vezes colocam objetos dentro de suas roupas para que possam se masturbar sub-repticiamente. Faz-se importante lembrar que crianças de 3 ou 4 anos de idade já são capazes de discriminar quando e onde podem se masturbar se corretamente orientadas por um adulto.
Por outro lado, algumas crianças sexualmente agredidas podem realmente tornar-se agressores sexuais e fazerem outras vítimas mais jovens e menores que elas. Assim, a criança que é agressora sexual deve sempre ser encarada como uma provável vítima de abuso sexual.
A identificação com o agressor e a resolução do conflito sobre a própria impotência em reagir contra outros, são reações conhecidas de agressão. Apesar de não ser prova conclusiva de abuso sexual o sexo inadequado e excessiva masturbação devem ser sempre cuidadosamente avaliados, tendo em mente a possível agressão â criança.

6. Compreensão detalhada e inadequada para a idade a respeito do
comportamento sexual

Este tipo de comportamento é mais facilmente identificável em crianças pequenas, que muitas vezes revelam seus conhecimentos precoces através de desenhos ou de brincadeiras.
Incapacidade de concentração na escola Crianças que estão tendo dificuldade emocional para enfrentar o abuso sexual, podem demonstrar dificuldade em se concentrar na escola.
Elas estão sempre antecipando o próximo encontro, tentando pensar em maneiras de fugir, preocupadas com as tensões familiares ou estão simplesmente emocionalmente sobrecarregadas. Elas frequentemente dizem
que têm tantos pensamentos e preocupações que são incapazes de se concentrarem nos estudos ou prestarem atenção na aula.

Queda repentina no desempenho escolar

Algumas crianças parecem ter métodos melhores para enfrentar a situação e sair bem academicamente, entretanto suas notas geralmente caem bastante. Esta mudança no desempenho acadêmico pode estar
 relacionada com uma mudança no relacionamento sexual.
Falta de confiança, particularmente em pessoas importantes Crianças abusadas sexualmente geralmente têm dificuldade em confiar em alguém. Não lhes foi concedida privacidade do corpo ou um
espaço pessoal e elas frequentemente revelam que nunca tiveram um lugar onde se sentissem seguras. Em um sentido semelhante, a maioria das vítimas foi abusada por um adulto conhecido e no qual confiava. Esta predominante falta de confiança cria, progressivamente, uma barreira para o estabelecimento de relacionamentos de credulidade no futuro.
Medo de pessoas do sexo masculino (nos casos de agressor do sexo masculino e vítima do sexo feminino.

Algumas crianças vítimas de abuso sexual acham os homens assustadores, mas parece não haver um meio para medir este medo em termos de extensão do trauma sexual. O medo se baseia na percepção do abuso pela criança e pode estar correlacionado aos temores de violência ou â
violência existente. Este tipo de vítima geralmente não teve nenhum outro contato positivo com figuras masculinas para demonstrar um comportamento adequado.

Alterações de sono

Os distúrbios de sono são outro forte indicador de abuso sexual
presente em vítimas de todas as idades, mas só pode ser observado pelos membros da família, devendo ser esclarecido por eles e pela vítima. Crianças abusadas sexualmente apresentam pesadelos recorrentes, mas, ao contrário do que se acredita, estes são geralmente sobre queda, rapto de crianças ou violência em vez de ré encenações de abuso sexual. As crianças acordam durante a noite chorando e muito assustadas, comportamento que é descrito em crianças pequenas como “terror noturno”. O distúrbio de sono frequentemente resulta do padrão do abuso sexual. Grande parte dos agressores abusam de crianças na própria cama delas durante a noite e por esta razão as crianças ficam com medo de dormir antecipando o próximo ataque. O sintoma de insônia é frequente, mas quando essas crianças finalmente dormem exaustas, seu sono é intranquilo. Consequentemente, elas acordam cansadas e têm dificuldades em enfrentar a escola e outras atividades diárias. Muitas crianças dormem durante a aula
ou em qualquer lugar onde se sintam minimamente seguras. Por outro lado, dormir em excesso também pode ser um indicador de abuso sexual, posto que algumas crianças tentam escapar â realidade através do sono. Os distúrbios de sono são, da mesma forma, um dos sintomas do quadro de depressão clínica (outro indicador de abuso sexual).
Abuso de Drogas Este comportamento é mais frequente entre adolescentes, mas também pode ser observado em crianças mais velhas. Vítimas de abuso sexual são mais propensas a usar drogas ou álcool de forma abusiva em uma tentativa de camuflar emoções dolorosas e mitigar dores internas. O uso abusivo destas substâncias tende a ocasionar dependência, o que aumenta ainda mais os problemas da vítima.

TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO

Vítimas de abuso sexual infantil em geral, e de incesto em particular,
são mais propícias a desenvolverem um transtorno de estresse pós-
traumático que, se não tratado, torna-se crônico, podendo, em alguns casos, causar uma alteração permanente de personalidade (Gelinas, 1983; Haugaard e Repucci, 1988). Este transtorno aparece como uma resposta tardia â situação de abuso, que por sua natureza ameaçadora, catastrófica e aterrorizante, provoca uma angústia generalizada. Na maioria dos casos também estão presentes ansiedade, depressão e ideias suicidas, sintomas que podem se complicar ainda mais com o abuso de drogas ou álcool.

Os sintomas mais típicos incluem uma recordação ou revivescência
vívida, repetitiva e intrusiva do abuso através de memórias, imaginação diurna, flashbacks ou sonhos, e uma evitação constante de eventos ou objetos que relembrem a situação de abuso. Na maioria dos casos, também ocorre um embotamento afetivo, que faz com que a vítima se afaste de outras pessoas e responda pouco aos estímulos ambientais. Outros sintomas podem incluir estados de hiperexcitação autonômica com hipervigilância, insônia, anormalidades do comportamento e promiscuidade temporária (CID- 10,1993).

DESEQUILÍBRIO RELACIONAL

Vítimas de incesto geralmente apresentam os efeitos dos desequilíbrios
relacionais exploradores dentro da família que permitiram que ocorresse o abuso e que este continuasse, permanecendo não revelado e sem tratamento
(Gelinas, 1983). O incesto é o abuso sexual baseado na relação. Para suas vítimas os eventos traumáticos ocorrem dentro da família e por uma ação dos pais, com tudo o que isto implica acerca da traição da confiança, exploração e relações familiares distorcidas. O incesto ocorre no contexto que supostamente educa, protege e cuida da criança, onde ela deveria ser capaz de adquirir uma interpretação da realidade e da vida relacional adequada e da qual está completamente dependente.

 O incesto é um profundo abandono e traição porque à criança foi negado um direito inerente: o amor e o carinho. 

Esta criança cresce dentro do sistema incestuoso, sem perspectiva, sem possibilidade de expressar-se e sem nenhuma base de experiência que lhe permita ficar de fora destas forças relacionais e sexuais e formar uma personalidade saudável e um :U :ul conjunto de padrões relacionais não contaminados pelo incesto. (Gelinas, 1983: 319).

Os desequilíbrios relacionais do incesto têm implicações relacionais e no desenvolvimento do caráter que perduram por toda a vida da vítima. Estes desequilíbrios dificultam seu desenvolvimento psicológico, sua autoimagem e sua habilidade em manter relações positivas com sua família de origem, seu conjugue, filhos e amigos. É justamente por causa destes desequilíbrios relacionais que os pacientes geralmente procuram tratamento. Através de numerosos estudos e pesquisas (Meisselman, 1978), tem- se constatado que em famílias onde se desenvolve o incesto pai/filha, determinadas características de personalidade dos membros da família se repetem com frequência. Estas “tipologias”, aliadas â um desequilíbrio relacional específico, fazem com que as estratégias do incesto sejam relativamente previsíveis.

Homens que cometem incestos frequentemente tiveram uma infância marcada por privação emocional causada por morte materna, depressão, doença ou abandono (Mrazek e Kempe, 1981). Se também não foi abandonado pelo próprio pai (que deixou o lar) este era possivelmente duro e autoritário.

Atualmente tem sido amplamente discutido entre os estudiosos e profissionais que lidam com abuso sexual a necessidade de se trabalhar com a vítima tanto questões relativas â sexualidade como também aspectos relacionados ao desamparo. A criança que sofreu abuso sexual é alguém que num dado momento de sua vida sentiu-se profundamente ameaçada, desprotegida e submissa, podendo transpor esta sensação de desamparo para outros aspectos de sua vida no futuro.

Faz-se necessário, então, possibilitar â criança vítima construir outras identidades que não sejam, exclusivamente, as de vítima sexual. A natureza sexual do abuso não deve ser menosprezada, mas também não devemos entender a criança como alguém marcado por um fator indelével e irreversível. Creio que esta seja uma das formas possíveis de se evitar a profunda estigmatizarão destas crianças e de consequentemente romper o complô do silêncio que cerca o tema do abuso sexual infantil.


Um comentário:

  1. Atenção!
    Essas informações precisam serem vista com muita cautela, você não vai ficar paranoia ao ponto de acusar alguém injustamente. Você precisará de provas concretas para tomar providências drásticas! Com crianças TODA VIGILÂNCIA é pouco!
    É o futuro de uma pessoa que está em jogo. Um possível adulto problemático!

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